sexta-feira, 24 de abril de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Especiais.

Refletindo sobre o texto: A inclusão e seus sentidos: Entre escolas e Tendas- Cláudio Roberto Baptista.


Percebendo os problemas que enfrentamos em nossas realidades escolares, lendo este texto posso destacar aspectos bem importantes citados.
No caso da educação especial brasileira , a discussão relativa a exclusão tem início na precariedade de acesso à educação escolar. Muitos estudos têm mostrado a presença tímida do Estado na oferta desses serviços( Ferreira, 2000).
As reflexões apresentadas por Odeh(2000) tornam bastante complexa a análise do movimento de inclusão escolar, pois oautor mostra por meio de uma detalhada análise de indicadores quantitativos, que os alunos " da educação especial" têm uma presença incerta nas estatísticas educacionais, considerando -se a reduzida oferta de serviços, as limitações no processo de identificação desses alunos e a extrema precariedade numérica de efetivo atendimento.
O interesse e a complexidade dessa reflexão dizem respeito ao que o autor chama de integração não-planejada, a qual nos mostra que esses alunos devem estar nas escolas engrossando as fileiras daqueles que não aprendem, são repetentes e abandonam a escola.
O movimento de inclusão precisa evolução mostrando uma tendência que mantém e atualiza princípios norteadores de uma educação ampla, propondo inclusão escolar , cujos pontos fundamentais seriam uma ampliação dos sujeitos inseridos em contextos comuns de ensino e a necessária transformação da escola e das alternativas educativas para favorecer a educação de todos, com garantia de qualidade.
Há um debate que tem colocado em evidência o despreparo da escola e o predomínio de um "Edifício" didático, com pilares solidamente construídos sobre blocos do empirismo mais tosco.
Atualmente dispomos de uma experiência que tendem a fazer dialogar Fernando Oury e Paulo Freire, Maud Mannoni e Dom Milani, Gregory Bateson e Humberto Maturana, que nos deixam pistas que nos auxiliam na renùncia ao edifício e na construção de tendas. As tendas são mais leves e suas paredes de tecido permitem a passagem da luz e do vento.
As metáforas do edifício e da tenda auxiliam-nos a refletir sobre o ato educativo e sobre as complexas redes que incrementam os desafios da educação.
Uma educação integradora/inclusiva deve aproximar-se da educação diferenciada, no sentido proposto por Perrenoud(2000) acolhendo a flexibilidade de percurso do ensinar e aprender.
Estes questionamentos nos permitem repensar se a escola que queremos deve ser um edifício ou queremos construir tendas que acolham nossos alunos especiais como eles merecem

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Rozane, interessantes essas anotações que fazes sobre o texto. Fiquei pensando nessa analogia entre o edifício e a tenda. Em que momentos percebes a tua sala de aula mais "edifício", e mais "tenda"? Abração, Sibicca