domingo, 14 de junho de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Especiais.

Autismo-Atuais interpretações para antigas observações.
Cleonice Bosa.

Lendo o texto destaco alguns aspectos que considerei bem importantes sobre o Autismo.
Kanner(1943) constatou uma inabilidade no relacionamento interpessoal nas crianças que ele atendia, que as distinguia de outras patologias como a esquizofrenia: “O distúrbio fundamental mais surpreendente, “patognômico”, é a incapacidade dessas crianças de estabelecer relações de maneira normal com as pessoas e situações desde o princípio de suas vidas”(p.242). Para Kanner, tal comprometimento se fazia evidenciar pela dificuldade em adotar uma atitude antecipatória que assinalasse ao adulto a vontade de ser pego no colo; um “fechamento autístico extremo” que levava a criança a negligenciar, ignorar ou recusar tudo o que vinha do exterior. Outra característica observada foi o atraso na aquisição da fala. Essas crianças podem ser extremamente inteligentes embora não o demonstrem. Há ausência de comprometimento no plano físico na maioria das crianças. Apresentam repetições nas atividades. Este autor relata o caso de um de seus pacientes o qual foi aproveitado criando objetivos para suas estereotipias e rituais em atividades e conforme relato da assistente, seus progressos eram evidentes porque suas “esquisitices” eram aceitas na escola que freqüentava no campo.Aí está a importância da inclusão.
Asperger(1944) descreveu características que não foram levantadas por Kanner. Ressaltou a questão da dificuldades das crianças que observava em fixar o olhar durante situações sociais, chamou atenção para peculiaridades dos gestos- carentes de significados e caracterizados por estereotipias- e da fala, a qual podia apresentar -se sem problemas de gramática e com vocabulário variado, porém monótona. Notou ainda, a dificuldade dos pais em contatar comprometimentos nos três primeiros anos de vida da criança.
Podemos perceber que a questão do conceito de autismo, apresenta uma grande controvérsia com relação à distinção entre autismo, psicose e esquizofrenia.
A mudança na forma de conceber o autismo, passando da condição de “doença” com identidade definida e distinta dos quadros envolvendo problemas orgânicos para o de “síndrome”.dessa forma, quando se fala em transtornos ou síndromes autísticas, quer-se designar a “tríade de comprometimentos” independentemente da sua associação com aspectos orgânicos. Em outras palavras, a síndrome do autismo identifica um perfil comportamental com diferentes etiologias(Gillberg,1990).
De acordo com Wing(1996), os transtornos de autísticos são relativamente raros na população geral se comparados com outros transtornos, o que acarreta uma diminuição na oferta de centros de atendimentos especializados disponíveis, isto pode ser comprovado atualmente, pois tenho conhecimento de um caso em minha cidade que a família sente muito a falta de atendimento ao seu filho, inclusive agora eles conseguiram uma escola especializada em outra cidade e estão levando seu filho.
O autismo é uma síndrome intrigante porque desafia nosso conhecimento sobre a natureza humana. Compreender o autismo é abrir caminhos para o entendimento do nosso próprio desenvolvimento. Conviver com o autismo é abdicar de uma só forma de ver o mundo-aquela que nos foi oportunizada desde a infância. É pensar de formas múltiplas e alternativas sem, contudo perder o compromisso com a ciência (e a consciência)- com a ética.
Se a definição de autismo passa pela dificuldade de se colocar no ponto de vista afetivo do outro é no mínimo curiosos, pertencer a uma sociedade em que raros são os espaços na rua para cadeiras de roda, pouca são as cadeiras escolares destinadas aos “canhotos” e bibliotecas equipadas para quem não pode usar os olhos para ler. Torna-se então difícil identificar quem é ou não “autista”.
Através desta leitura percebi a importância de um diagnóstico bem realizado pois os sintomas podem ser diferenciados dependendo de cada paciente.

Seminário Integrador VI

Quero registrar um fato que ocorreu comigo e que com certeza por estar neste curso como aluna do PEAD tomei uma decisão muito coerente mostrando meus argumentos e evidências para colocar minha opinião.
Destaco isto porque são aprendizagens que estão acontecendo em minha vida pessoal e profissional, agora tenho mais firmeza em minhas decisões, pois tenho mais conhecimentos com a minha atualização.
Assumi uma turma de primeiro ano em uma escola do município, temos uma coordenadora que analisa nossos planejamentos. Fui questionada de que estava utilizando muitas atividades em folhas e que inclusive minha letra era muito grande, só que ela não tinha observado que eu tinha realmente feito uma atividade com letras grandes, médias e pequenas porque havia trabalhado a história infantil dos Três Ursos, então tomei uma decisão chamei ela e a diretora em minha sala e primeiro solicitei que olhasse os trabalhos de meus alunos, porque eles estavam acompanhando muito bem, depois coloquei a ela que era impossível fazer um trabalho de boa qualidade com alunos de primeiro ano sem utilizar atividades diversificadas com uso de xerox ou matriz, porque ela queria que usasse mais cópia do quadro no caderno, não tenho muita experiência com esta série, mas com a troca com colegas e nossas aulas que já tivemos de alfabetização sei que estou no caminho certo, por isto tomei a decisão de colocar a ela minha opinião e isto sei que é mérito de meu crescimento pela minha atualização no PEAD, temos que contar também as coisas boas que acontecem conosco. Penso que ela entendeu e concordou com minhas colocações, pois coloquei a ela que tenho 24 anos de experiência e isto nunca havia acontecido comigo. Depois que voltei a estudar tornei-me uma pessoa mais crítica e não aceito tudo passivamente. Procuro sempre tentar resolver da melhor maneira possível o que não fico satisfeita.