domingo, 29 de março de 2009

Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia IIC.

Identificando epistemologias- Modelos pedagógicos e Epistemológicos.

Afirma-se que existem três diferentes formas de representar a relação ensino/aprendizagem especificamente a sala de aula.
Pedagogia diretiva e seu pressuposto epistemológico.
Encontra-se um professor que observa seus alunos entrarem na sala, aguardando que se sentem, que fiquem quietos e silenciosos. O professor dita e o aluno copia. O professor decide o que fazer e o aluno executa. O professor ensina e o aluno aprende.
Paulo Freire no Pedagogia do Oprimido questiona Por que o professor age assim? Muitos dirão, porque aprendeu que é assim que se ensina. Isto é correto, mas não suficiente. Penso que o professor age assim porque acredita que o conhecimento pode ser transmitido para o aluno.
Diz um professor ( Becker, 1992): O conhecimento se dá a medida que as coisas vão aparecendo e sendo introduzidas por nós nas crianças. Outros dizem que o conhecimento é transmitido através do meio ambiente, família, percepções, tudo. Conhecimento se dá na medida em que a pessoa é estimulada, perguntada, incitada, questionada, ela é até obrigada a dar uma resposta.
Empirismo é o nome da gênese e do desenvolvimento do conhecimento. O professor considera que seu aluno é uma tabula rasa não somente quando ele nasceu como ser humano, mas frente a cada novo conteúdo estocado na sua grade curricular. O alfabetizador considera que seu aluno nada sabe em termos de leitura e escrita e que ele tem que ensinar tudo.
A ação desse professor é legitimada teoricamente em uma epistemologia. No seu imaginário ele e somente ele pode produzir algum novo conhecimento no aluno. O professor acredita no mito da transferência do conhecimento, o aluno tem que se submeter à fala do professor.
O aluno egresso dessa escola será bem recebido no mercado de trabalho, pois aprendeu a silenciar mesmo discordando sem reivindicar. Neste modelo epistemológico o professor jamais aprenderá e o aluno jamais ensinará. Nada de novo pode e deve acontecer aqui, ensino e aprendizagem não são pólos complementares.
Pedagogia-não diretiva e seu pressuposto epistemológico.
Neste modelo o professor é um auxiliar do aluno, um facilitador (Carl Rogers). O aluno já traz saber que ele precisa apenas organizar. O professor deve interferir o mínimo possível.
O professor não-diretivo acredita que o aluno aprende por si só, ele auxilia a aprendizagem despertando o conhecimento que já existe nele. Ensinar? Nem pensar! Ensinar prejudica o aluno-Como diz o professor (Becker, 1992).
A epistemologia que fundamenta esta postura é a apriorista. “ Apriorismo” vem de a priori, isto é, aquilo que é posto antes como condição do que vem depois. A bagagem hereditária. Esta epistemologia acredita que o ser humano nasce com o conhecimento já programado na sua herança genética.
Pedagogia relacional e seu pressuposto epistemológico.
O professor e os alunos entram na sala de aula. Ele traz algum material – algo que presume, tem significado para os alunos. Propõe que eles explorem este material. Questiona diferentes aspectos, solicita que representem de diferentes formas porque acredita que o aluno só aprenderá alguma coisa, construindo novos conhecimentos problematizando sua ação.
Este processo far-se-á por reflexionamento e reflexão (Piaget,1977) a partir das questões levantadas pelo professor e de todos os desdobramentos que daí ocorrerem.
O professor não acredita no ensino em seu sentido convencional ou tradicional, pois não acredita que um conhecimento possa transitar por força do ensino, da cabeça do professor para a cabeça do aluno. Não acredita na tese de que a mente do aluno é uma tábula rasa. Ele acredita que tudo que o aluno construiu até hoje em sua vida serve de patamar para construir e que alguma porta abrir-se-á para o novo conhecimento.
Este professor que age segundo o modelo pedagógico relacional, professa também uma epistemologia relacional. Ele valoriza o aluno como tendo uma história de conhecimento já percorrida.
Para Freire, o professor, além de ensinar, passa a aprender e o aluno além de aprender passa a ensinar. Nesta relação professor e alunos avançam no tempo. O professor construirá a cada dia sua docência dinamizando seu processo de aprender. Os alunos construirão a cada dia sua discência, ensinando aos colegas e ao professor novas coisas, isto avança o processo de construir conhecimentos.
Não significa ausência de regras e conteúdos, mas sim uma proposta construtivista permitindo um ambiente fecundo de aprendizagens.
Refletindo sobre minhas práticas pedagógicas e as respostas dadas anteriormente sobre estas questões, identifiquei-me seguindo aspectos das pedagogias não-diretiva e relacional. Com certeza esta reflexão proporcionou aprofundar mais meu conhecimento da importância destas epistemologias sobre aprendizagem e conhecimento para proporcionar aos meus alunos uma aprendizagem de melhor qualidade.
Repensando minhas práticas pedagógicas proporciono que meus alunos sejam críticos, questionadores, que opinem e troquem experiências de aprendizagens e conhecimentos. Procuro valorizar as vivências que eles trazem para o ambiente escolar.

Bibliografia: Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos-Fernando Becker.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Questões Étnico Raciais na Educação: Sociologia e História.

Através da leitura do texto Em busca de uma Ancestralidade Brasileira e da aula presencial constatei melhor a importância de pensar e repensar a identidade. A identidade é a posição do sujeito, a interpelação de raça, etnia, gênero, sexo, pertencimento religioso, geração ou faixa etária, nacionalidade, região, classe econômica, profissão, nível de escolaridade, através destes aspectos formamos nossa identidade.
Através do exercício do espelho, de se ver e identificar suas características e o olhar para a colega identificando seus traços, percebi que isto não é muito fácil, pois não temos o hábito de pararmos para pensarmos em nós mesmos como somos, de onde viemos, quais são nossos traços étnicos. percebi a importância de desenvolver estes aspectos com nosso alun o, para que possam descobrir sua identidade e sua origem étnica.
Fazendo isto vamos desenvolver atitudes que facilitem entenderem as diferenças, que cada ser humano é como é, dependendo de sua raça ou etnia.
Muito importante os questionamentos apresentados no texto: será que nossos educadores conhecem sua ancestralidade? será que têm conhecimento da hist´ria de sua família, sua ascendência? Com certeza para ajudar nossos alunos a conhecerem sua própria história precsamos primeiro conhecer a nossa.
O autor constata que entere os povos indígenas não se criam angústias porque eles não se apegam ao consumo, eles se apegam a rituais que dão sentido à existência das pessoas, vivem o presente sem esquecer o passado, as tradições de seus sábios antepassados. Uma solução para resolver problemas de convivências e comprtamentos nas escolas é fazer com que os alunos busquem sua ancestralidade. Quando a gente se percebe continuador de uma história, nossa responsabilidade cresce e o respeito pela história do outro também. É preciso trazer a figura dos antepassados para dentro da escola. Trazer suas histórias, seus comprometimentos, suas angústias, sua humanidade. É preciso fazer com que nossas crianças possam buscar a riqueza dos ancestrais, dos avós, bisavós. É preciso abrir espaço na escola para que os familiares participem mostrando suas vivências, isso renovará o sentido da família, de pertencimento a um grupo, a um povo, a uma nação. Isso fará com que compreeendam a importância da identidade para o povo brasileiro.
Bibligrafia: Índio da Nação Mundurucu- Pará.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Reflexão sobre conquistas do semestre passado e espectativas para o novo semestre.

Ter a oportunidade de estar realizando um curso de Pedagogia já é uma conquista para mim atualizando-me como educadora podendo assim inovar minhas práticas pedagógicas proporcionando aos meus alunos uma aprendizagem de melhor qualidade.
Repensar neste semestre a Escola através de uma gestão democrática, a organização da escola foram aspectos bem positivos pois isto faz parte do cotidiano do nosso ambiente escolar e tive a oportunidade de analisar melhor documentos que regem a escola como o PPP e o regimento escolar percebendo que estes necessitavam ser atualizados. Sendo que no início deste ano letivo em reunião de professores analisamos, discutimos e atualizamos o PPP de nossa escola.
Analisar as 8 idades do homem segundo Érik Erikson foi bem importante pois estamos sempre convivendo com estas diferentes etapas da vida e precisamos saber compreendê-los podendo assim ter uma boa convivência nos grupos sociais aos quais fazemos parte.
Fazer parte de um grupo aprendendo junto uma nova metodologia Projeto de Aprendizagem foram dois grandes desafios no semestre: a metodologia e trabalhar em grupo à distância interagindo com colegas e professores usando atecnologia.
Com certeza conquistamos muitas aprendizagens a cada semestre.
E minhas espectativas para este novo semestre são de acrescentar mais aaprendizagens através das vivências e desafios que as Interdisciplinas irão me proporcionar. Uma Interdisciplina que vai nos acrescentar muito penso que é a Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, tenho muita vontade de saber mais sobre esta questão.
Como educadores estamos sempre em constante troca de aprendizagem.

Iniciando o sexto semestre do PEAD.