domingo, 10 de maio de 2009

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

O filme O Clube do Imperador relata a experiência de um professor que leciona em um colégio só para rapazes, frequentado pelos filhos de pessoas de alto nível de poder na sociedade, em que o lema do colégio é o fim depende do começo.
O mestre tenta moldar a personalidade dos alunos, baseando-se em bons exemplos dos personagens da história.
O conflito se inicia com a chegada do aluno Sedgewick Bell, filho de um senador, um aluno problemático, demonstrando não ter um bom caráter e influenciando os outros para seguirem suas atitudes.
Ele desafiava o professor a todo instante, até que o mesmo foi falar com o seu pai. O relacionamento de Bell com seu pai era muito ruim, não havia diálogo, carinho e afetividade, o pai só se preocupava com dinheiro.
O pai ligou para o filho falando-lhe que ele não estava ali para ele pagar mensalidade. Ele então resolveu mudar suas atitudes e começou a estudar.
Bell saiu da escuridão para a luz. Foi classificado mesmo tirando o lugar de outro para o concurso Júlio César. Fez cola durante a prova, O professor percebeu, mas não denunciou pela influência do pai, por solicitação do diretor.
Nesse desafio o professor acaba desonestamente, desviando-se do de seu caráter reto. Para tentar aproximar-se do garoto e passar-lhe seus conceitos ele começa a dar mais atenção a Bell. O professor o via como um jovem sobre muita pressão e ele próprio também viveu esta experiência.
Percebendo que apesar de alguns poucos avanços, não consegue mudar o caráter do aluno entra em conflito consigo mesmo. Decepciona-se mais ainda quando percebe que o cargo de diretor recai a alguém que tinha como principal habilidade conseguir dinheiro para sustentar o colégio.
Passados 25 anos o professor reencontra a turma e depara-se novamente com a mesma situação, mais uma vez Bell mostrou sua desonestidade e seu poder. Quando o professor percebeu a falcatrua usou uma estratégia fazendo uma pergunta que não havia resposta no livro, perguntou então o que estava escrito na placa da porta da sala e Bell não sabia.
O professor mostrou a ele que assim ele teria uma vida vivida sem princípios e sem virtudes.
A atitude do professor não foi moralmente correta, mas infelizmente nossa sociedade apresenta exemplos como estes onde interesses financeiros acabam trazendo benefícios para alguns sem méritos próprios, e sendo ele um incentivador de um bom caráter não podia ter aceitado o silêncio.
O filme nos retrata que por melhor que seja a escola ou professor, o caráter e a personalidade são moldadas pela família.
O professor Hundert recebe uma placa de seus alunos pelos seus méritos onde está escrito que um grande professor tem pouco a registrar, sua vida se prolonga em outras.
O valor de uma vida não é apenas vivido por um fracasso, mas pelo desempenho de muitos que foi o que aconteceu com o professor.
O filme nos mostra bem que só a escola não consegue mudar sozinha o caráter do ser humano.


Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Rozane, muito interessante essa tua postagem, pois, além de retomares alguns aspectos do filme trazes o teu posicionamento. Achei interessante a tua última colocação:"só a escola não consegue mudar sozinha o caráter do ser humano". Mesmo que sozinha, a escola não consiga mudar, como tu achas que ela pode repercutir nessa formação? Abração, Sibicca