sábado, 30 de maio de 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Especiais.

Realizando leituras sobre Tecnologia Assistiva de Rita Bersch e Conhecendo o Aluno com Deficiência Física, percebo que nós professores e os ambientes escolares ainda não estamos preparados para inclusão. Mas com certeza cada vez mais estamos percebendo o quanto é importante para estas crianças com necessidades especiais conviverem nas escolas interagindo com as crianças normais para que consigam desenvolver suas habilidades vencendo aos poucos suas dificuldades.
Fazer TA na escola é buscar, com criatividade uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa fazer de outro jeito. É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação a partir de suas habilidades.
Salas de recursos multifuncionais são espaços da escola onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado para os alunos com necessidades educacionais especiais, por meio de desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas em um novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos, subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar.( Brasil,2006,p13)
Assistindo um vídeo sobre inclusão pude constatar a importância da sala de multifuncional equipada com recursos para que a criança possa se desenvolver dependendo de suas dificuldades. Este espaço deve ser um ambiente que vença os desafios. O atendimento especializado deve proporcionar recursos para que os alunos tenham acesso ao currículo. Percebemos o quanto é difícil para as crianças com dificuldades estarem na sala de aula normal sem nenhuma adaptação de recursos pedagógicos para que facilite um pouco seus desenvolvimentos. Mas cabe a nós professores buscarmos soluções para podermos fazer com que nosso aluno seja incluído de verdade não apenas ele esteja em nossa escola sem ter condições adequadas para um bom desenvolvimento. Lendo o texto Tecnologia Assistida constatei que os recursos didáticos podem ser simples adaptações como, por exemplo, o lápis com o sugador de leite, o apontador preso no taco de madeira, a tesoura adaptada, enfim é importante conhecermos o que é possível ser feito dependendo da dificuldade. Então com certeza nós vamos agora ter uma outra visão da inclusão em nossas escolas.
Esta semana participei do 74ª Plenária do Fórum Permanente da Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades. Foi muito importante as abordagens sobre inclusão, percebi como estão os envolvimentos com a inclusão em vários municípios de nossa região através de relatos e apresentações dos trabalhos realizados, inclusive com a participação de algumas apresentações de danças de alunos das escolas de Sapiranga o qual percebi a importância destes alunos especiais. Com a fala do Promotor de Justiça fomos informados de que existem as leis, mas nem sempre são cumpridas e que para isso é importante criar o Conselho Municipal de Deficientes o qual Sapiranga ainda não possui. Outro aspecto importante é o direito a acessibilidade na sociedade, mas que ainda não está sendo cumprido porque a maioria dos prédios e meios de transporte não estão adequados para o uso de cadeirante, isto também é competência do município fiscalizar. Fiquei sabendo também que no município de Sapiranga existem duas escolas com elevador para cadeirante. Enfim precisa se fazer muito ainda para que as políticas inclusivas tornem-se realidade.
Tivemos a oportunidade de votar prioridades para o nosso município. Com certeza as cinco prioridades votadas hoje são importantes, uma complementa a outra, sem recursos pedagógicos adequados o profissional não consegue desempenhar um bom trabalho, mas sem ter profissionais qualificados não adianta ter recursos, o ideal é conseguir ter todos os componentes para que a inclusão possa acontecer proporcionando aos alunos que tenham uma educação de qualidade.
O paradigma da inclusão social consiste em tornar a sociedade toda um lugar viável. Acessível para a convivência entre pessoas de todos os tipos e condições na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades.
“Relato aqui uma frase:” Em história, se faz o que se pode, não o que se gostaria de fazer.
E é só fazendo hoje o possível de hoje, que poderemos fazer amanhã o impossível de hoje.” Paulo Freire.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Rozane, muito legal essa tua postagem, além de trazeres leituras da interdisciplina integra-as com as discussões vivenciadas por ti na plenária. Abração, Sibicca